Em questão de Saúde...

Os ministros dos países signatários do Pacto Andino (Bolívia, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela) e representantes do Chile, Argentina e Brasil firmaram, em Sucre, capital constitucional da Bolívia, um acordo para evitar a ocorrência do sarampo na América da Sul.

O pacto foi estabelecido durante a XII Reunião Técnica sobre Enfermidades Preveníveis por Vacinas na Região Andina, Brasil e Chile, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de abril deste ano.

O Brasil não registra casos de sarampo desde dezembro do ano 2000. Mesmo assim, é necessário manter a vigilância para evitar que a doença retorne ao país pelas áreas de fronteira, informou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Maria de Lourdes de Souza Maia.

O principal risco neste momento é representado pela Venezuela, que faz fronteira com o Brasil. Esse país registra desde o dia primeiro de setembro do ano passado 1.820 casos autóctones (locais) da doença. A Colômbia possui onze, todos importados da Venezuela.Coube ao diretor da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) para a Região Andina, Maurício Bustamante, informar que os países do Pacto Andino que dispõem dos insumos necessários e de recursos humanos devem realizar uma campanha de vacinação contra o sarampo ainda este ano.No entanto, a campanha de imunização simultânea, envolvendo todos os países do Pacto Andino (Bolívia, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela), será realizada no ano que vem. Nos dois casos, as datas ainda serão definidas.

O ministro de Saúde do Equador, Patrício Jamriska, que preside a Comissão de Ministros de Saúde do Pacto Andino, fez um apelo para que todos os governos envolvidos desenvolvam estratégias de comunicação de modo a sensibilizar um maior número de pessoas sobre a necessidade da vacinação contra o sarampo.